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27.11.04

tudo

estas palavras são apeNas riscos num pApel De sedA
que Não durAm o que DeveriAm
Não são poesiA, não são música ou viDa. são Apenas sons
que Não vAlem aquilo que atribuíDo A eles
não são tão iNesquecíveis quAnto DeveriAm ser
são apenas tijolos, que fazem coNstruções abAláveis e Destrutíveis, vAzias
NA areia DA abstração
são NADA

o quê?

Será possível dizer
O que é um amigo?
Garantem uns que é aquele que nos é verdadeiro, companheiro
Independentemente
Mas não adianta tentar saber o que é, pois só
Aquele que é entende

16.11.04

...

Vá nessa...
Acredite, viva desse jeito
No nada, no estranho gosto da ilusão
Existindo no mundo da inexistência
Sendo morte
Sem ter sorte
Acreditando no desgosto da ilusão sem pertinência

..b..e..a..t..l..e..s..

Eu nunca pensei que fosse achar Beatles interessante. Meu irmão sempre os detestou. E eu, mais novo segui seus passos. A musica de que mais falávamos, como a mais idiota, é a que agora reconsidero. O seu título já me parecia meio estúpido: “I wanna hold your hand”. Não vou levar meu pensamento ao passado. Minha mãe já falou que garotas sérias só namoravam de mãos dadas, e só. Mas vou interpretar essa frase hoje, que é o tempo que importa. Reescrevendo a frase em português: Eu quero segurar sua mão. Não é a frase em si que considero interessante, mas o que ela me passou, o que acho que quer significar. Não interessa a ação, e sim a idéia. Pouco importa se é segurar a mão; beijar (a mão, o rosto, a boca); fazer cafuné; abraçar... O amor e o carinho são sentidos em todas elas. Mas a frase demonstra uma, que eu considero, das mais singelas, sutis, simples, únicas, e cheias de sentido. Tal qual é o amor, um sentimento simples e cheio de esplendor; sutil e grandioso; mas acima de tudo singelo e cheio de sentido. É isso o que interessa, não o fato em si, mas o que representa. Um beijo pode ser o que for, mas não deixa de ser um beijo. Algo que está tão banalizado (infelizmente). Mas passear de mãos dadas, esse é o tipo de sutileza que só existe com amor.

..mortadela..

Não seja confundido pelas linhas
Paralelas tortas infindas
Não confunda suas idéias com as minhas
Janelas mortas indecisas
Não escreva suas letras na vinha
Aquelas derrotas bem-vindas
Não alimente sua mente com farinha
A mort’dela é a volta incisiva

...

Lampejos da vida ao meu olhar
Imagens perdidas em todo lugar
Verdades escondidas ao meu redor
Não, penso, não ajo, sou alma, sou pó
Sou negação do que eu era
Sou resquício de humanidade
Rogo por piedade, não vejo resposta
Escrevo o que vem na cabeça
Pra acalmar essa mente insana
Faço-a pensar que há saída
Faço-me pensar que ela me chama
Não há voz, nem amor que nela resida
Há apenas saudade, de seu lampejo
Da sua luz que um dia me iluminara
A poucos dias, por poucos dia
Por toda uma vida

sad old project of poetry

Suspenso silêncio.
Prolixa situação.
Estúpida estação.
Se sente somente o sol.
A luz da vida se extinguiu.
O calor do amor se acabou.
Tudo se cala.
O vento vai embora.
Só o relógio não para.
Vai mais uma hora.
Agora.
Como se pode seguir.
Não há mais espaço.
A noite do dia chegou.
Não se consegue dar mais um passo.
A paz acabou.
A fé. Sustenta. Quase agüenta.
Suporta.
Por pouco se passa.
Podemos sentir um pouco.
Podemos viver um pouco.
Podemos todos.
Podemos tudo, aos poucos.

25.10.04

laís

Lá,
Encontra-se quadro, régua e giz
Lá,
Todo espetáculo tem bis
Lá,
Coloca-se os pingos nos is
Lá,
Tudo é feito como se quis
Lá,
Existe o mundo das palavras que não se diz
Lá,
Vê-se que a vida pode ser feliz
Lá,
Ouve-se sempre o canto do perdiz
Lá,
Nada dista mais que um triz
Lá,
Tudo o que esqueço, já fiz
Lá,
Onde reina a majestosa flor-de-lis
Lá,
Conheci a alegria da japonesinha Laís.

pq eu jah to c saudade q laís vai sair do curso!

28.9.04

num sei

Hoje me aconteceu uma coisa engraçada. Finalmente compreendi algo que sempre achei entender: as coisas mudam. Desde pequeno ouvi falarem sobre isso. Cantarem sobre isso. “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. “eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes”. É realmente inevitável. Mudanças ocorrem, e, por mais que tentemos evitar, continuarão a ocorrer. Tudo muda, até nós mudamos.
O pequeno se torna grande.
O estudante trabalhador.
A criança adulta.
O qrande pequeno.
O trabalhador estudante.
O adulto criança.
E por último: o vivo morto.
Talvez esta seja a única coisa que não muda. Nunca muda. O fato de que todo o resto muda. Mesmo que seja involuntariamente, ou relutantemente. Talvez veementemente. Tudo muda!

23.8.04

Caminhos sem rumo
Corações sem vida
Vidas sem rumo
Corações. Oh, corações
Os rumos do ser
As batidas seguras
As viagens do nada

22.8.04

Pouco me importa a conversa alheia
A mulher que passeia
O verme na areia
O sol que clareia
Os girassóis na clareira
A dondoca que se maqueia
O sangue fora das veias
Os golpes de capoeira
Pouco me importa que o mundo não pare
Que ninguém repare
Que o casal se separe
Que o amor quase se acabe
Que poluam os ares
Que a ferida não sare
Que o meu time não marque
Que o meu medo me encare
Que nada se compare
Pouco me importa a história esquecida
A batalha perdida
As paixões mal vividas
A esperança rendida
A palavra reprimida
A trilha escondida
A alma retorcida
A discórdia das torcidas
A desilusão nas partidas

Lampejos da vida ao meu olhar
Imagens perdidas em todo lugar
Verdades escondidas ao meu redor
Não, penso, não ajo, sou alma, sou pó
Sou negação do que eu era
Sou resquício de humanidade
Rogo por piedade, não vejo resposta
Escrevo o que vem na cabeça
Pra acalmar essa mente insana
Faço-a pensar que há saída
Faço-me pensar que ela me chama
Não há voz, nem amor que nela resida
Há apenas saudade, de seu lampejo
Da sua luz que um dia me iluminara
A poucos dias, por poucos dias
Por toda uma vida

19.8.04

Escrever é fácil.

É rimar simples.
Para firmar espaços.
Ocupar os traços.
Tornando menores os fatores.
Fazendo pouco dos amores.
Destruindo esperanças.
Reinventando crianças.
Esquecendo futuros.
Desvendando o escuro.
Sabendo de tudo.
Tapando o sol com a peneira.
Vivendo da minha maneira.
Falando asneira.
Para leitores atentos.
A cada momento.
Olhando palavras.
Captando falácias.
Maquiando verdades.
Ultrajando vaidades.
É tudo.
Acabaram as linhas.
Que burrice a minha.
Pagina terminada.
Não falei foi nada.

On I b us

Solavancos, buraco, balanço
Reflexão fosca
Barulho, heterogenia, sujeitos
Pensamento confuso
Paradas, partidas, uma só rota
Caladas, luzes, uma só nota:
10!NTERESSE
Contra-mão, curvas...
A vida...Para onde se vira?

16.8.04

céu azul...

“Ah, o céu do amanhã será azul...”
Escutei essa frase numa música. Intrigou-me a colocação. Por que a ênfase no futuro? Não foi azul o céu de hoje, nem fora assim o de ontem? Esta questão me rondou a imaginação, até que o óbvio me surgiu: a ênfase não está no amanhã, e sim no azul do céu. (perdoe-me o autor se eu estiver enganado, pois desconheço a música por completo, mas é esta a minha interpretação). É claro, não importa quando ou como, o céu estará sempre azul. Hoje, amanhã. Até nos dias nublados, pois é nesses dias que ele está mais azul, nós é que não conseguimos vê-lo. Mas na minha frase – o céu estará sempre azul – reparei que novamente devo mudar o foco. Agora o céu e o azul são secundários. Passa a ser principal a idéia de sempre. O céu é apenas uma constante no mundo, mas a previsão do tempo só menciona o sol ou a chuva, as nuvens. E o céu? Será que sua função é simplesmente ostentar nuvens carregadas ou um grande e brilhante sol? O azul do céu está sempre lá, lá em cima, mesmo que não olhemos para ele. Mesmo que ninguém pare para reparar nele. Tomar um segundo que seja para aproveitar sua beleza e sua constância. Talvez seja por isso que não o notamos, é constante. Talvez por isso damos maior importância ao sol, à chuva, às nuvens; às nem vemos o céu direito. Talvez agora entenda também outra frase da mesma música, que completa o significado da primeira: “esse céu azul que eternamente brilhará”. O céu será sempre azul, sempre vai brilhar, sempre estará lá. Nós é que não percebemos sua beleza. Não importa quanta importância é dada a esse fato, estará sempre lá. Resta a pergunta: será que nós teremos para sempre a capacidade de vê-lo assim, para sempre?

2.8.04

...

por quanto tempo mais terei que esperar
eh agora? eh agora? naum sei mais
naum sei falar, o que? naum sei fazer, o que?
naum meadianta querer te ver por mais de um segundo
voce, que criou meu mundo imundo, naufragado no ocidente difundo
tirando de mim a paz, que paz?
desconhecida!
naum sou capaz de mais que isso
te ver, te imaginar, te querer, teadorar
tal qual bandeira, taum verdadeiramente, somente

31.7.04

Cuide-se!

pois a vida é doida Duda
não esera por mais que eu quiera
e vai e leva e continua
e me deixa
a olhar achuva que cai
a molhar a vida que vai
a molhar o vinho que vai
me fazendo olhar a vida que vai
vida minha vida doida vida
você veio você sai
sabe quando ou como ou onde, não sabe?

Duda, eu to morrendo de saudade d vc...
vc sabe beh?!?!?
espero q esteja bem em maceio
bju pa tu!

...

Você sabe que eu te vi
Ali, naquele banco onde você
Nunca esteve, na estação que nunca passou
E no meu mundo que não existe
Só eu vejo, você sabe
Só eu percebo que isso tudo é nada, mas
Ainda eu paro, te vejo, esperando você ver

...

Vejo que você ainda me tem aquele efeito
Aquele...
Nó na garganta, aquele
Estranho jeito de me deixar
Sozinho na multidão, de me deixar
Sujeito à emoção daquele beijo
Aquele... que eu não dei.
Os campos queimados
as flores murchas
o sol apagado na
noite eterna da solidão que mepersegue

o sonho escondido
a paixão rota
o coração partido num
viver que mais parece o padecer que me persegue

os espinhos das rosas
os espinhos nas rosas
os espinhos sem rosas numa
roseira sem beleza que me envolve

9.7.04

saudosos pensamentos

Olhos da cor do mar, ou sei lá
Pele alva, clara, é claro!
Vindo, indo, seu caminho vou seguindo
Desatenta, lenta, devagar ela tenta
Faz, desfaz, refaz, sabe que é capaz
Descrição da sua discrição
Nada por nada, o tempo deságua no mar à sua entrada
Dúvidas, o telefone não toca mais...
Mas o coração não tem noção
Precisão de atenção
Olhos da cor do mar, ou sei lá...
a única coisa que eu posso lhes contar sobre a vida... bem eu ainda não sei o que é. Pois pra ela, não há preparo, não há conselhos a seguir, nem metas a alcançar, só existe um caminho para viver: viva! Saia de casa uma hora mais cedo, passe esse tempo consigo mesmo, ande em ruas que você nunca foi, pegue o ônibus errado, só pra saber onde ele vai parar. Se no meio do caminho escutar uma música de que gosta, cante-a, não tenha vergonha de fazer qualquer coisa. Pare numa praça em frente de uma Igreja, sempre há uma, coma alguma coisa, doce de preferência, e também bem lambuzada, e muito importante, não esqueça de chamar alguém para brincar na gangorra, um completo desconhecido. Se estiver na hora de voltar, chegue atrasado. Vá à praia, dê um mergulho... de roupa, é reconfortante, e saia só então vá para onde tiver que ir. Se no fim do dia você ainda achar que não fez nada o dia todo, não tente fazer o mesmo amanhã, nem no dia seguinte. Pois pra falar a verdade, você pode achar que não fez absolutamente nada... e no fim, é exatamente isso que é viver.

8.7.04

.........!

Jamais se esqueça do que passou... pois o que fica naum chega a ser nada perto do que foi.

para nat

Tudo é/e nada
Amizade... Algazarra
Referenciais... Prismas óticos
Ação-reação Tu podes, eu posso
Brincadeira... Vagabundagem
História do Brasil
Capetas
Tapioca
Física mecânica, elétrica e ótica
Foto...
Foto...
Foto...
Ônibus
Dragão
Diamantes
Travesseiro, Lençol, Edredom
Violão... Violação
Discurso
Concurso
Foto...
Foto...
Foto...
Lua
“Chuva de Prata”
Abraço, Carinho, Sono

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Laís

Lá,
encontra-se quadro, régua e lápis
Lá,
todo espetáculo tem bis
Lá,
colocam-se os pingos nos is
Lá,
tudo é feito como se quis
Lá,
existe o mundo das palavras que não se diz
Lá,
vê-se que a vida pode ser feliz
Lá,
ouve-se sempre o canto do perdiz
Lá,
nada dista mais que um triz
Lá,
tudo o que esqueço, já fiz.

esse foi inspirado por uma amiga de sala, na aula de metodologia

Cotextos

Ínfima tentação que colabora
Com a criação da necessária meta
Distante da simplória seta reta
Vida morta vitoriosa derrota

Incompreensão rota que elabora
A imagem que passa direta,
Passagem discreta da idéia concreta
Da intima definição da rota

Cota posta da afirmação abstrata
Sendo uma vida estranha à prescrita
Diferença querida afastada

Constatada figura refletida
Da até, mais pura viva contrastada
Respiração da chegada partida

isso surgiu de uma aula de portugues da ufpe, acreditam?


1.7.04

apresentação

esse blog... bla bla bla... obrigado