Toda aquela densidade
Toda aquela gravidade
E toda a solicitude
São só a luz refletida
No vazio do espelho.
Todo aquele jazz antigo
Que ela ouvia por todo o tempo
Não era mais que miragem
Para entretê-la na frente
Do espaço do espelho.
Seus olhos fundos e fixos
Naquela teia de texturas
Que a envolvia lentamente
Entre as nuvens que se escondem
No verso do espelho.
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