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28.4.09
as coisas do dia de hoje vou deixar assim. vou deixar pra lá. esquecer aqui. vou passar por hoje todos os dias. e não vou lembrar. nem do dia nem das coisas. nem das cores do sol. vou andar sem certeza. vou bater nas esquinas. por onde sempre passei sem saber. vou apagar meu cigarro. pé firme no chão. deixar as cinzas. e queimar.
26.4.09
25.4.09
22.4.09
vida é o trânsito. organismo concreto e vivo das pessoas. tudo que corre vive! e todos corremos. pra bater nos outros. ou fugir disso. eu até tento parar. olhar as luzes de todas as esquinas e os barulhos sonzinhos do movimento. é uma intensidade que não cansa. que só move. que não pensa. que distorce.
eu pulo seguindo sentidos alheios!
eu pulo seguindo sentidos alheios!
20.4.09
17.4.09
16.4.09
passado dos corpos
se tu já tem outros braços
ao menos pare
de me oferecer os teus
prum abraço qualquer
num desses encontros casuais
preu nem lembrar
como é que os quatro
se sentem juntos
preu não precisar
me esforçar
pra não caber
preu não sentir tremer
quando eles,
mais uma vez,
sem nem se juntar
se separam
ao menos pare
de me oferecer os teus
prum abraço qualquer
num desses encontros casuais
preu nem lembrar
como é que os quatro
se sentem juntos
preu não precisar
me esforçar
pra não caber
preu não sentir tremer
quando eles,
mais uma vez,
sem nem se juntar
se separam
15.4.09
14.4.09
fui voltando. e voltando a ver as coisas. de um jeito, ao mesmo tempo, novo e usual. via como me acostumei a não ver, desde um certo dia de encontro com o sol. ia e via como são bonitas as belezas de todos os dias. as belezas das quais a gentese esconde. pra não ver. e fica achando que são elas que não se mostram. que se deixam perder.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
12.4.09
8.4.09
arquivo antigo
the hands
they already know what to do
and even if they're as blind as our eyes,
they never forget where to find
a place to start.
they already know what to do
and even if they're as blind as our eyes,
they never forget where to find
a place to start.
6.4.09
talita me veio encontrar
numa rua em que passava desatento
trazia no rosto, dessa vez,
o mais aberto dos sorrisos
me levou para casa
me falou da vida
e me abriu as pernas
como em outras noites
me recebeu no corpo
pela primeira vez
no sorriso
em nenhum me quis habitante
ela me abriu então a porta
(com o sorriso
já não sabia mais o que fazer)
não me disse até logo.
eu também em silêncio
lhe dei um beijo no rosto
e segui
talita não é pessoa de ser metade
eu não sou pessoa de ser um
talita e eu fazemos de conta
numa rua em que passava desatento
trazia no rosto, dessa vez,
o mais aberto dos sorrisos
me levou para casa
me falou da vida
e me abriu as pernas
como em outras noites
me recebeu no corpo
pela primeira vez
no sorriso
em nenhum me quis habitante
ela me abriu então a porta
(com o sorriso
já não sabia mais o que fazer)
não me disse até logo.
eu também em silêncio
lhe dei um beijo no rosto
e segui
talita não é pessoa de ser metade
eu não sou pessoa de ser um
talita e eu fazemos de conta
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talitas marias rebecas e outros clichês
5.4.09
lâmina
corto. o fio invisível. da minha cabeça àquele corpo. rasgo. o resto do papel que fiz. e até as pedras. vejo queimar. e achando que sou vapor. vento. voo. risco o ar. tão depressa. tão sem força. qu quase explodo. no meio do todo azul. e todos os meus sentidos são um. e me deixo fluir.
corto os fios e a carne. penetro o ar.
corto os fios e a carne. penetro o ar.
3.4.09
o calor é a água que sai de mim. que me tira a calma de existir sem pressa. que me imprensa. me aperta. entre as decisões já tomadas. e no meio do sufoco eu me vejo de novo. e penso. de que servem as certezas de uma dia quente. desse verão vazio. que não acaba.
2.4.09
1.4.09
das coisas que sei
eu sei de tudo. e não ligo pra isso. me conforta saber que não adianta fazer nada. me acalma descobrir que não posso. não vou esquecer. nem vou lembrar. não vou fazer as pazes com chico. nem vou brigar com mais ninguém. eu sei de tudo. e brinco com minha própria sorte.
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