a moça me olha
toda ela beijo
se ajeita
se chega
me aperta
e me deixa
olha com riso de doida
e se esforça pra não debochar dos meus braços
que a procuram sem mais achar
Páginas
12.12.09
11.12.09
de cor
uma ferroada. duas. um buraco. choro o sangue escorre. tanta coisa morre para ser vermelho. e eu mesmo hoje penso e espero uma cor qualquer que salve. que tape a carne que fica no corpo. ou que meu próprio vermelho se sare. ou que passe esse bicho essa coisa que me passou com tanta força.
ou que durma o resto de alma. ou que pare.
ou que durma o resto de alma. ou que pare.
9.12.09
27.11.09
12.11.09
23.10.09
21.10.09
nervoso. balança as pernas. mexe as mãos. se esquece do resto. de todas coisas. obrigações não existem enquanto não se resolve a situação. puxa cabelo. roi unha. vai ter uma parada cardiaca a qualquer momento. faz figa e reza. fecha o olho pede pra todo santo que existir. uma vitória! uma vitória preu não desistir.
em algum palavra esqueceu a vontade. em alguma conversa perdeu o tesão. não sabia por que continuar. não sabia. por quê não? levantou do banco da sala. olhou pra janela do céu, na parede do quarto. fechou os olhos. respirou fundo. pulou o muro da da casa. pulou as calçadas na rua. amanhã voltaria a pensar dentro das linhas. hoje ia procurar novos olhares.
17.10.09
perdido
é noite, todos dormem.
eu sozinho, viro a noite
procurando as fotos daquela viagem
é noite e eu preciso
encontrar algo vivo
entre as lembranças de tempos atrás
é noite e eu respiro
busco ar na poeira das caixas
nas cores de outras noites passadas
é noite e eu resisto
ao sono, ao cansaço e ao frio
para me encontrar nas lembranças alheias
é noite, quase de manhã
e eu encontro outros dias perdidos
com imagens demais para fazerem sentido
é dia e eu me viro
retiro tudo o que disse
só quero dormir e saber que existo
eu sozinho, viro a noite
procurando as fotos daquela viagem
é noite e eu preciso
encontrar algo vivo
entre as lembranças de tempos atrás
é noite e eu respiro
busco ar na poeira das caixas
nas cores de outras noites passadas
é noite e eu resisto
ao sono, ao cansaço e ao frio
para me encontrar nas lembranças alheias
é noite, quase de manhã
e eu encontro outros dias perdidos
com imagens demais para fazerem sentido
é dia e eu me viro
retiro tudo o que disse
só quero dormir e saber que existo
16.10.09
9.10.09
pedido
outra dose, outra dose
um abraço bebado
uma queda com risos
mais um beijo escondido
outra dose garçom
pela moça que vem vindo
pra esconder dela o olhos
pra perder nela o corpo e as mãos e pedir
outra dose, mais uma
e calma agora na espera
do não final do sim
e do copo que chega já
com outra dose e a vontade
de deitar a cabeça os ombros
um cafuné de paz e resposta
um cochicho e o sorriso
e outra dose, saideira
pra esuqecer e lembrar
e sair de casa e ver o dia
um sol aqui que vem sei lá pra quem
um abraço bebado
uma queda com risos
mais um beijo escondido
outra dose garçom
pela moça que vem vindo
pra esconder dela o olhos
pra perder nela o corpo e as mãos e pedir
outra dose, mais uma
e calma agora na espera
do não final do sim
e do copo que chega já
com outra dose e a vontade
de deitar a cabeça os ombros
um cafuné de paz e resposta
um cochicho e o sorriso
e outra dose, saideira
pra esuqecer e lembrar
e sair de casa e ver o dia
um sol aqui que vem sei lá pra quem
8.10.09
cornerstone
she was close and she held me very tightly
until I asked awfully politely: "please,
can i call you her name?"
[...]
she was close, well you couldn't get much closer
she said "i'm really not supposed to, but, yes
you can call me anything you want"
until I asked awfully politely: "please,
can i call you her name?"
[...]
she was close, well you couldn't get much closer
she said "i'm really not supposed to, but, yes
you can call me anything you want"
30.9.09
26.9.09
25.9.09
coisas que não esqueço
a risada tranquila
e o abraço sincero
que sempre nos foram presentes
te entrego
pra levar contigo
e guardo também aqui
pra você buscar quando chegar
e o abraço sincero
que sempre nos foram presentes
te entrego
pra levar contigo
e guardo também aqui
pra você buscar quando chegar
23.9.09
pra escrever
pra escrever outra coisa menos bonita, menos rimada, mas ainda com vontade de ser lida:
eu não consigo ter um blog só:
valores-notícia
eu não consigo ter um blog só:
valores-notícia
21.9.09
e penso na vida
e como se não bastasse
na vida dos outros
e no tempo e no espaço
e em tanta outra coisa
que já não me cabe
e eu esqueço de tudo
não faço mais nada
pensando nas coisas
que eu vejo e escuto
mas não me fazem
eu não durmo
eu não durmo
pra acender as luzes
até o outro dia
e não vejo apagar
acordo pulo
coro pra lá
e o dia me esconde
o resto de vida
que vai por aí
e como se não bastasse
na vida dos outros
e no tempo e no espaço
e em tanta outra coisa
que já não me cabe
e eu esqueço de tudo
não faço mais nada
pensando nas coisas
que eu vejo e escuto
mas não me fazem
eu não durmo
eu não durmo
pra acender as luzes
até o outro dia
e não vejo apagar
acordo pulo
coro pra lá
e o dia me esconde
o resto de vida
que vai por aí
16.9.09
rascunho 28.03.2008
a gente vai fazendo o que pode. empurra daqui, puxa de lá. dá uma volta e amarra. a gente pensa que vai segurar. que o nó fica firme. mas afrouxa. a gente se perde. pensa que não vai mais. não pensa mais. era só pra dizer que sim. sentei, senti, chorei.
diário
de todos os dias ele levava uma coisa. e tentava guardar. uma frase uma imagem um cheiro ou um nome. anotava tudo nom bloco, com data hora lugar e sentimento. e olhava todo fim de mês. a ver o que colecionara de vida. olhava todo fim de ano. lembrando o que passara. e sempre a algria. a tristeza. a harmonia. a criança. a manhã. a moça. a música. o sorriso. e o sol. sempre uma coisa nova.
hoje fechou os olhos e escreveu o fim.
hoje fechou os olhos e escreveu o fim.
15.9.09
9.9.09
vai-não-vai-não-vai
me sinto anos mais novo. com tudo o que isso traz de bom e ruim. com tudo o que isso significa de mim. com tudo o que isso pode dizer. e dezesseis anos não é uma idade pra se ter depois de um inverno tão cheio.
1.9.09
30.8.09
com um copo de uísque na mão
eu olho o fogo
que toma as paredes
fantasmas largados em volta
debocham com risos
da minha derrota
mais um gole
as cores quentes
explodem vida
por todos os lados
eu assisto o espetáculo de dentro
cada livro porta vaso
transformado
em nada
cada parte de gente
se vai
se deixa levar
na fumaça
e chama
me inflama
me faz pedir
outra dose
eu olho o fogo
que toma as paredes
fantasmas largados em volta
debocham com risos
da minha derrota
mais um gole
as cores quentes
explodem vida
por todos os lados
eu assisto o espetáculo de dentro
cada livro porta vaso
transformado
em nada
cada parte de gente
se vai
se deixa levar
na fumaça
e chama
me inflama
me faz pedir
outra dose
25.8.09
muda
ela só queria viver
sorrisos
pular os pés deitados no caminho
e o dia ver
arder
seu reflexo na pele
e a noite vir
colher
as sombras e os sons da alma
e a vida dar
amor
a um mundo novo
seu espelho
sorrisos
pular os pés deitados no caminho
e o dia ver
arder
seu reflexo na pele
e a noite vir
colher
as sombras e os sons da alma
e a vida dar
amor
a um mundo novo
seu espelho
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talitas marias rebecas e outros clichês
24.8.09
eu espero a água bater nos meus pés antes de qualquer coisa. e enquanto a onda volta, levando a areia e afundando mes calcanhares alguns milimetros, eu olho pro céu. como se pedisse uma benção de lá. como se o vento pudesse me aceitar o corpo. me levar no braço. me soprar o rosto com outro ar. os primeiros passos que dou são curtos. e firmes. depois disso sou mundo. mergulho na certeza da água. e me quero soltar na calma e no fundo. e ser tão eu que seja tudo.
8.8.09
era tanta felicidade que não sabia. ria de piadas ruins. repetia as mesmas conversas. deu duas baforadas num charuto. brindou até com água. queria rir de tudo o que via. sorrir da vida. que tanto merecia sua disposição naquele dia. então comprou cahaça e pôs roupa bonita. saiu na rua sem ver sinais de fumaça ou nuvens pesadas. tanto fazia o quente ou o frio. tanto fazia. então foi. meio sem destino. atraiu alguns olhares estranhos. mas não ligou. até se ver dividido entre sorrisos compartilhados e rostos repressores. caiu. se viu feio e estranho. esqueceu o que sentia. derrubou a cachaça no chão e evitou os brindes. evitou até os sorrisos. se concentrou no tempo perdido. na vida e no estar que não pareciam mais ter graça alguma. era tudo tão escuro, apesar de branco. por duas vezes parou pra pensar. dormiu em pé por uma hora de duas semanas. e entendeu que estava perdido. sua alegria não se aceitava sempre. pediu desculpas pelo sorriso impróprio. e se retirou pra esquecer o dia mais alegre da vida.
6.8.09
gota só
uma gota de chuva encharca o sapato. pisa molhado. faz ondas nas poças. faz pouco do frio. e põe força nas pernas. que querem parar. ele não controla os pés. olha pra baixo. cego. para todos os lados. vê as penas dos pássaros caídas. queda leve que espera um vento levar. cego. para o próximo passo. vê apenas o espaço em que deve pisar.
espera o sol que a primavera insiste dizer que vai chegar.
espera o sol que a primavera insiste dizer que vai chegar.
31.7.09
oxford street
veio de onde eu menos esperava, um sopro bom de calor. me fazer corar. ver o tanto de presente e passado naquele cinza preto branco e também no inconfundível vermelho. era vida que não era linha. mesmo com a reta da rua. coisas que são. mesmo que pareçam estar correndo. paro pra deixar o sopro me atingir o peito e o rosto. e saber que london, london faz bem.
25.7.09
julho passa com chuva e sol numa mistura queu não entendo. meu nariz reclama. minha janela sem cortinas também. eu preciso correr. me molhar. jogar na água e deixar boiar. o peito sente o frio do tempo. o rosto não esconde as marcas do céu. sempre que me levanto as pernas balançam. como se aprendesse a andar nos últimos dois minutos. como se um beijo fosse capaz de me derrubar.
talvez quisesse me deixar cair. só prar ver levantar.
talvez quisesse me deixar cair. só prar ver levantar.
17.7.09
16.7.09
14.7.09
olha pra ela:
nega dourada
sambando de lado
esquecida do mundo
me chama com os braços
os lábios
o rebolado
me atiça o corpo todo
com esse balanço solto
do ombro e dos quadris
e se perde de mim
me deixa num canto
toma a festa toda pra ela
depois me volta cantando
um copo na mão
sorrindo, me olhando
eu não sei quem é ela,
nem sei o que quer
essa nega me aperta
me abraça, me leva
eu me acabo!
quero mais o quê?!
sambando de lado
esquecida do mundo
me chama com os braços
os lábios
o rebolado
me atiça o corpo todo
com esse balanço solto
do ombro e dos quadris
e se perde de mim
me deixa num canto
toma a festa toda pra ela
depois me volta cantando
um copo na mão
sorrindo, me olhando
eu não sei quem é ela,
nem sei o que quer
essa nega me aperta
me abraça, me leva
eu me acabo!
quero mais o quê?!
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12.7.09
estranhamente ela entendeu o que ele quis dizer com aquela sequência de palavras e gestos desconexos. entendeu também sua dificuldade em traduizr a idéia sentida em palavras ou outra forma sensível. o entendia. não que ele fosse um mistério. mas suas frases, longas soltas e agoniantemente repetitivas afastavam qualquer de qualquer um a compreensão.
9.7.09
3.7.09
- juro como não entendo. é um jeito de querer uma coisa depois outra. diz e se arrepende. não diz depois grita. o que é isso? fica dançando com as palavras, fazendo-as pipocar. explode as benditas em pequenas partes que nem chegam a fazer sentido. putaquepariu! memso quando tenta. com esse olhar perdido. os gestos acelerados, pra suprir a falta de sentidos, parece que não sabe o que procura.
- [...]
- [...]
30.6.09
zii e zie
eu postaria quase todo o novo disco de caetano aqui. aos poucos. à medida que uma música ou outra me fosse ficando mais próxima da vida. ontem sem cais, hoje lapa. anteontem já foi a cor amarela. uma trilha sonora que me é tanto e tão diferente hoje. me acerta em vários momentos. não sei se culpa do próprio caetano, ou de pedro sá e do resto da banda cê. ou da mistura. mas é melhor dizer logo tudo de vez a ficar pingando letras por dias seguidos.
29.6.09
se fez de sonso. fingiu que não era com ele. desejou tanto que não fosse que se perguntou se de fato seria, mesmo tendo certeza. abriu um sorriso. sorriso amarelo que se quer branco e sincero. para quebrar aquelas palavras no ar. quebrar-lhes o sentido que podiam fazer a qualquer ouvido, principalmente aos seus. cortar-lhes pela raiz, da boca mente espírito da moça vermelha que com elas lhe tirara o chão. passou direto, sem resposta maior que o sorriso. que se não foi a mais sincera, ao menos atingiu os objetivos.
ressenti
as gotas que pingam das folhas nas horas de sol. as curvas que custam firmeza e féao quebrar. os sopros de vento tão fortes de fazer virar. o calor a calma e o nada que fiz.
abre a porta, vai pra rua. e fica olhando. só pra ver movimento. pra ficar parado. pra não precisar. e quando faz isso, enquanto não sabe o que quer, se sente menos mais. e quando parece que um passo seria esforço. já foi mais longe do que imaginava. ali, naquela árvore grande. no parque que não foi da sua infância. na rua perdida do centro e do subúrbio. fora do eixo e do foco e do campo de visão. ele estava sentado. com duas idéias na cabeça que não se comunicavam, não se tocavam e nem se entendiam. foi assim que, com o fim do dia, se viu rodando solto o caminho de volta.
28.6.09
26.6.09
eu que já não posso ir
te peço pra acompanhar
leva ela embora pronde precisa chegar
caminha de lado,
mas deixa um espaço,
qué pra mão não encostar
e ela criar força
se segurar
não fala muito de mim,
que não sou mais importante.
fala do futuro
que existe prum lado depois.
e aí quando chegar lá
e ela se for indo,
diz que desejo sorte
sei que tudo vai dar certo.
manda um abraço,
não muito apertado,
só pra espantar o nervoso
e dá também um beijo na testa,
se os olhos pedirem apoio.
enxuga as lágrimas
alguma vai aparecer que sei
enxuga as lágrimas
quisso acalma o coração.
diz que a confiança queu tenho é no sonho
da menina que brinca com o sol
que tem dentro dela
que daqui o que faço é soprar
uns ventos frios e bons
pra se carregar qualquer coisa
pra ajudar
te peço pra acompanhar
leva ela embora pronde precisa chegar
caminha de lado,
mas deixa um espaço,
qué pra mão não encostar
e ela criar força
se segurar
não fala muito de mim,
que não sou mais importante.
fala do futuro
que existe prum lado depois.
e aí quando chegar lá
e ela se for indo,
diz que desejo sorte
sei que tudo vai dar certo.
manda um abraço,
não muito apertado,
só pra espantar o nervoso
e dá também um beijo na testa,
se os olhos pedirem apoio.
enxuga as lágrimas
alguma vai aparecer que sei
enxuga as lágrimas
quisso acalma o coração.
diz que a confiança queu tenho é no sonho
da menina que brinca com o sol
que tem dentro dela
que daqui o que faço é soprar
uns ventos frios e bons
pra se carregar qualquer coisa
pra ajudar
17.6.09
corpo
descasca a cor dos olhos pra ver amor
transluz a vida o vidro sem brilhar
esconde o sol das mão pra ser sorrir
e a luz ali não vai correr de nós
transluz a vida o vidro sem brilhar
esconde o sol das mão pra ser sorrir
e a luz ali não vai correr de nós
12.6.09
das linhas queu leio escrevo componho 5 são jogadas fora pra uma ficar. cada outra que escapa faz de um tudo pra voltar. caneta puxa tinta pra mão corre veia pro corpo. palavra que passa por toda pele antes de decantar pra parte de cima dos ombros. eu penso não penso não penso mais nada não chego em nenhum ponto.
7.6.09
ignição
às vezes penso que não sei mudar de passo. trocar de faixa. sair da linha (e voltar). com tantas luzes, tantas cores. é muita força queu não controlo. e a velocidade queu não entendo!
paro respiro fundo dou partida de novo. morro.
paro respiro fundo dou partida de novo. morro.
2.6.09
cinco passos dele, três dela. um pouco a diferença de tamanho, um pouco o esforço quele fazia para não pisar nas linhas. não fazia sempre, mas naquela calçada era inevitável. estivesse atrasado como fosse, corria apenas o suficiente para pisar uma vez em cada quadrado branco.
hoje ia com renata e com calma. conversavam sobre qualquer coisa desde a descida do ônibus. como sempre discordavam. mas naquela rua, seus argumentos iam no passoa das linhas em que não pisava. os dela, na pressa de o alcançar. as mãos não se davam. ela gesticulava, olhando mais para a rua que para a frente. os olhos dele no chão.
veio a esquina. o sinal. os carros correndo seu som de girar. pararam ali. esperavam silêncio e vermelho para continuar. não se olharam para confirmar, mas sabiam que a partir dali não discutiriam mais. assim como os quadrados na calçada justificavam os passos dele. ela tinha mania de deixar os espaços decidirem quando os assuntos se esgotavam. e cruzar aquelas portas a faziam mudar de assunto sempre. um comentário qualquer. sobre o piso, as escadas ou a janela. um 'vou ao banheiro', ou até o silêncio faria ambos esquecerem a conversa anterior. 'em que mesa?' serviu dessa vez.
sentaram ao canto. mesa pequena, sob a janela grande. a mesma de sempre. de frente um para o outro. capuccino e biscoitos, expresso duplo e croissant. outra conversa vazia. agora cheia de olhos e mãos. o filme que viram na semana passada ainda estava em cartaz.
hoje ia com renata e com calma. conversavam sobre qualquer coisa desde a descida do ônibus. como sempre discordavam. mas naquela rua, seus argumentos iam no passoa das linhas em que não pisava. os dela, na pressa de o alcançar. as mãos não se davam. ela gesticulava, olhando mais para a rua que para a frente. os olhos dele no chão.
veio a esquina. o sinal. os carros correndo seu som de girar. pararam ali. esperavam silêncio e vermelho para continuar. não se olharam para confirmar, mas sabiam que a partir dali não discutiriam mais. assim como os quadrados na calçada justificavam os passos dele. ela tinha mania de deixar os espaços decidirem quando os assuntos se esgotavam. e cruzar aquelas portas a faziam mudar de assunto sempre. um comentário qualquer. sobre o piso, as escadas ou a janela. um 'vou ao banheiro', ou até o silêncio faria ambos esquecerem a conversa anterior. 'em que mesa?' serviu dessa vez.
sentaram ao canto. mesa pequena, sob a janela grande. a mesma de sempre. de frente um para o outro. capuccino e biscoitos, expresso duplo e croissant. outra conversa vazia. agora cheia de olhos e mãos. o filme que viram na semana passada ainda estava em cartaz.
29.5.09
passou mais uma vez por aquela rua. queria sentir o adeus do cimento. das grades de ferro. dos portões elétricos. do vidro espelhado. e queria ter certeza de que não seria lembrado. nem pela sombra da árvore em que descansava. parado na esquina, seu pé já sentia estranho o pavimento. olhando em volta, os fios corriam retos. paralelos. outro plano de viver. viu mais pela última vez a casa em que se descobrira vivo. a janela, que antes ventava, fechou.
atravessou a rua sem saber se sentiria saudade.
atravessou a rua sem saber se sentiria saudade.
23.5.09
Tomava um café preto. Quente. Forte. Amargo. Cada gole descia como uma certeza que era mordida aos poucos. Ressentida cada vez que o líquido encostava a língua. Era a verdade que precisava ouvir. E ouvia por dentro, passando direto para o estômago, de onde se espalhava pelo resto do corpo. Estava se fortificando, se entranhando. Acabou a pequena xícara com a sensação de que não faltava mais nada para aquela tarde. Era o fim. Ainda que não passasse das cinco.
Pagou e saiu. Nem passou pela cabeça continuar naquela cadeira os pequenos minutos que costumava ficar. Os minutos em que olhava o mundo pela janela redonda e juntava coragem para viver o resto do dia. Se levantou. Andou um pouco mais do que de costume. E mais devagar. As paradas de ônibus estavam vazias. A rua se movia. O vento estava bom. O barulho também. E tudo que vinha parecia passar, um dia sem nenhuma cerimônia. Um dia que não passava em branco, tão azul que estava o céu.
Andou até o final da avenida para pegar o ônibus. Vazio. Três pessoas tão normais. Com as vidas e os olhos virados pra fora do ônibus. Não os viu descer, não viu ninguém mais subir. Da cadeira do corredor, no fim do ônibus, sentia apenas aquele calor do café. Nos pés, nas orelhas, batatas das pernas. Seus olhos azuis, tão negros. As curvas no caminho de casa, tão retas. Chegou às quatro e dez.
Não ligou o computador. Também não telefonou para a mãe. Colocou aquele disco de Nara para tocar e foi tomar banho. Tanta leveza na voz. O peso das gotas e do café no estômago. O calor da água e do corpo. Não era mais o choro. O canto livre. Os azulejos brancos sem nenhum desenho divisível. Cortou a fumaça e o espelho. Deitou na cama como estava. Água negra e pesada. Liquidez. A luz no quarto acesa balançou seus olhos. A cabeça como pêndulo. Ponto.
Não viu a lua nascer naquele dia. Desaparecia de toda a tarde sua luz.
Pagou e saiu. Nem passou pela cabeça continuar naquela cadeira os pequenos minutos que costumava ficar. Os minutos em que olhava o mundo pela janela redonda e juntava coragem para viver o resto do dia. Se levantou. Andou um pouco mais do que de costume. E mais devagar. As paradas de ônibus estavam vazias. A rua se movia. O vento estava bom. O barulho também. E tudo que vinha parecia passar, um dia sem nenhuma cerimônia. Um dia que não passava em branco, tão azul que estava o céu.
Andou até o final da avenida para pegar o ônibus. Vazio. Três pessoas tão normais. Com as vidas e os olhos virados pra fora do ônibus. Não os viu descer, não viu ninguém mais subir. Da cadeira do corredor, no fim do ônibus, sentia apenas aquele calor do café. Nos pés, nas orelhas, batatas das pernas. Seus olhos azuis, tão negros. As curvas no caminho de casa, tão retas. Chegou às quatro e dez.
Não ligou o computador. Também não telefonou para a mãe. Colocou aquele disco de Nara para tocar e foi tomar banho. Tanta leveza na voz. O peso das gotas e do café no estômago. O calor da água e do corpo. Não era mais o choro. O canto livre. Os azulejos brancos sem nenhum desenho divisível. Cortou a fumaça e o espelho. Deitou na cama como estava. Água negra e pesada. Liquidez. A luz no quarto acesa balançou seus olhos. A cabeça como pêndulo. Ponto.
Não viu a lua nascer naquele dia. Desaparecia de toda a tarde sua luz.
7.5.09
28.4.09
as coisas do dia de hoje vou deixar assim. vou deixar pra lá. esquecer aqui. vou passar por hoje todos os dias. e não vou lembrar. nem do dia nem das coisas. nem das cores do sol. vou andar sem certeza. vou bater nas esquinas. por onde sempre passei sem saber. vou apagar meu cigarro. pé firme no chão. deixar as cinzas. e queimar.
26.4.09
25.4.09
22.4.09
vida é o trânsito. organismo concreto e vivo das pessoas. tudo que corre vive! e todos corremos. pra bater nos outros. ou fugir disso. eu até tento parar. olhar as luzes de todas as esquinas e os barulhos sonzinhos do movimento. é uma intensidade que não cansa. que só move. que não pensa. que distorce.
eu pulo seguindo sentidos alheios!
eu pulo seguindo sentidos alheios!
20.4.09
17.4.09
16.4.09
passado dos corpos
se tu já tem outros braços
ao menos pare
de me oferecer os teus
prum abraço qualquer
num desses encontros casuais
preu nem lembrar
como é que os quatro
se sentem juntos
preu não precisar
me esforçar
pra não caber
preu não sentir tremer
quando eles,
mais uma vez,
sem nem se juntar
se separam
ao menos pare
de me oferecer os teus
prum abraço qualquer
num desses encontros casuais
preu nem lembrar
como é que os quatro
se sentem juntos
preu não precisar
me esforçar
pra não caber
preu não sentir tremer
quando eles,
mais uma vez,
sem nem se juntar
se separam
15.4.09
14.4.09
fui voltando. e voltando a ver as coisas. de um jeito, ao mesmo tempo, novo e usual. via como me acostumei a não ver, desde um certo dia de encontro com o sol. ia e via como são bonitas as belezas de todos os dias. as belezas das quais a gentese esconde. pra não ver. e fica achando que são elas que não se mostram. que se deixam perder.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
12.4.09
8.4.09
arquivo antigo
the hands
they already know what to do
and even if they're as blind as our eyes,
they never forget where to find
a place to start.
they already know what to do
and even if they're as blind as our eyes,
they never forget where to find
a place to start.
6.4.09
talita me veio encontrar
numa rua em que passava desatento
trazia no rosto, dessa vez,
o mais aberto dos sorrisos
me levou para casa
me falou da vida
e me abriu as pernas
como em outras noites
me recebeu no corpo
pela primeira vez
no sorriso
em nenhum me quis habitante
ela me abriu então a porta
(com o sorriso
já não sabia mais o que fazer)
não me disse até logo.
eu também em silêncio
lhe dei um beijo no rosto
e segui
talita não é pessoa de ser metade
eu não sou pessoa de ser um
talita e eu fazemos de conta
numa rua em que passava desatento
trazia no rosto, dessa vez,
o mais aberto dos sorrisos
me levou para casa
me falou da vida
e me abriu as pernas
como em outras noites
me recebeu no corpo
pela primeira vez
no sorriso
em nenhum me quis habitante
ela me abriu então a porta
(com o sorriso
já não sabia mais o que fazer)
não me disse até logo.
eu também em silêncio
lhe dei um beijo no rosto
e segui
talita não é pessoa de ser metade
eu não sou pessoa de ser um
talita e eu fazemos de conta
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5.4.09
lâmina
corto. o fio invisível. da minha cabeça àquele corpo. rasgo. o resto do papel que fiz. e até as pedras. vejo queimar. e achando que sou vapor. vento. voo. risco o ar. tão depressa. tão sem força. qu quase explodo. no meio do todo azul. e todos os meus sentidos são um. e me deixo fluir.
corto os fios e a carne. penetro o ar.
corto os fios e a carne. penetro o ar.
3.4.09
o calor é a água que sai de mim. que me tira a calma de existir sem pressa. que me imprensa. me aperta. entre as decisões já tomadas. e no meio do sufoco eu me vejo de novo. e penso. de que servem as certezas de uma dia quente. desse verão vazio. que não acaba.
2.4.09
1.4.09
das coisas que sei
eu sei de tudo. e não ligo pra isso. me conforta saber que não adianta fazer nada. me acalma descobrir que não posso. não vou esquecer. nem vou lembrar. não vou fazer as pazes com chico. nem vou brigar com mais ninguém. eu sei de tudo. e brinco com minha própria sorte.
31.3.09
eu conto os tempos em vão. todos os dias me vêm com uma dor de cabeça. e aquela certeza queu não aceito. um mantra. uma falta de jeito. uma força. o coração bate. um compasso frouxo de não caber. desmorono.
eu perco o estilo.
eu perco o estilo.
30.3.09
terceiro
eu não tenho mais vergonha. não tenho certeza de nada. mas continuo. automático. passo por passo. caminho. sei que seguir é meu início. mas ainda olho pra trás. dias. palavras. pedras. e sinto o peso que perdi e carrego. é pesado o corpo que arrasto. pesada a lembrança que levo.
piso na terra sem sentir meus ombros.
piso na terra sem sentir meus ombros.
29.3.09
outro
Karina Buhr cantava a minha falta de vontade. durmi. passei o tmepo de uma noite, como se tivesse bocejado. fui acordado por aquele pássaro sem nome. pelo balanço das asas no ar. ele não pousou. nem cantou. não me disse nada. não tivesse sido acordado por aquelas asas e ele passaria desapercebido; como provavelmente passou por tantas outras janelas nessa manhã de domingo.
perdi a vontade de me perder.
perdi a vontade de me perder.
28.3.09
ando de um lado pro outro sem fazer barulho. passo o olho pelos lados. e sei que vou passar. cinco minutos atrás e era dia. todo o tempo do meu silêncio. e todo o resto. ficam.
e eu não sei o que fazer com essa noite.
e eu não sei o que fazer com essa noite.
27.3.09
26.3.09
esses são versos de prefácio
são primeiros passos
para um descaminho
em que não cabe mais o sol ou o vento
em que se esquece o som, a razão e o sentimento
são do muito que se descobre perdido
do tanto de verdade que se esconde cá dentro
são de mim
(e talvez/mas não) por isso pequenos
são primeiros passos
para um descaminho
em que não cabe mais o sol ou o vento
em que se esquece o som, a razão e o sentimento
são do muito que se descobre perdido
do tanto de verdade que se esconde cá dentro
são de mim
(e talvez/mas não) por isso pequenos
25.3.09
ainda pequeno, bem novo, aprendi a entender. bem antes de tudo. e esqueci. crescendo descobri que sentia. muito. e me perdi. hoje é a verdade que me balança. é o queu aceito. é o que me alcança.
24.3.09
23.3.09
sinto que o sol entrou em mim. e fez morada. não pra aquecer e brilhar. fez queimada. vermelho tudo que não era. cinza o que já estava. vapor. nas bordas eu sinto me deixar o que já foi azul. e hoje seca. um desenho cortante que quero ver terminar.
ardor.
ardor.
22.3.09
505
é o calor. que me faz querer ficar naquela coisa. de não seguir. me ocupo com o suor. com as gotas que não quero verter. com o que quero correr. com os tempos que não controlo. e aí descontrolo. e mesmo quando bate o frio. ainda que rápido. só um sopro. deixo passar.
congelo em vez de inspirar.
congelo em vez de inspirar.
21.3.09
de volta
trasnformo em nuvem o que não quero ver. giro. contorço. refaço. procuro no azul a minha cor. faço-a pingar. pra ver escorrer. pra me transcorrer. me sujar as mãos e limpar o corpo. pra me cobrir daquela sombra. e depois descascar. desinsolar.
20.3.09
olho. a janela fechada e azul não me diz nada. aperto o olho. encaro. escancaro-a. para ver o que esconde em toda aquela luz que não me deixa passar. procuro absorver em cada poro o vapor do ar que não corre. que para. que inunda o quadrado da janela. depois transformo tudo num suor ao contrário.
quero o avesso do vento dentro da pele.
quero o avesso do vento dentro da pele.
19.3.09
de sétimo dia
uma folha cai
seca
da árvore
vejo um pássaro qualquer
queu não sei o nome
e tudo passa por mim
sombra, formiga, varanda
maisum dia
sem cerimônia
mais um dia
pra guardar lembrança
seca
da árvore
vejo um pássaro qualquer
queu não sei o nome
e tudo passa por mim
sombra, formiga, varanda
maisum dia
sem cerimônia
mais um dia
pra guardar lembrança
17.3.09
de carnaval
não era março nem inverno
mas a chuva caía ainda
calma e fria
como um último banho
de descanso e folia
antes das cinzas
mas a chuva caía ainda
calma e fria
como um último banho
de descanso e folia
antes das cinzas
16.3.09
14.3.09
pneumotórax
o rato tinha razão ao falar. essa vida é mesmo a mais marota! já gosta de dar voltas. a gente até para. respira. e depois continua. filosofia de bicho-gente. que num cansa de se reanimar. mesmo quando nem o tango argentino parece ajudar. a gente levanta a mão. e pede o prato do dia.
9.3.09
febre
dia sem chuva. fico em casa. não faço a barba. não tardo. deito. durmo. esqueço. assisto filmes ruins. não penso no quê mais. vejo a poeira levantar e baixar nos meus olhos. dentro das iris. vejo-a solidificar. prensar. desenterrar as peças que vejo cair. vejo mas não não monto. não mexo. não me mexo. nem penso.
preciso mesmo é parar de frescura.
preciso mesmo é parar de frescura.
daqui..
daqui do meu canto
eu conto minhas saudades
e tento soprar
algumas tristezas
pra longe
daqui eu vejo
as coisas todas que perdi
mas que não espero ver voltar
olhoatento para o caminho
tentando lembrar um jeito
de seguir adiante
de dar mais um passo
na direção do pé
na direção da fé
que tenho
nem sei mais em quê
daqui
eu sinto o vento:
ar que passa correndo
sem nem notar o tempo
que deixa passar
eu conto minhas saudades
e tento soprar
algumas tristezas
pra longe
daqui eu vejo
as coisas todas que perdi
mas que não espero ver voltar
olhoatento para o caminho
tentando lembrar um jeito
de seguir adiante
de dar mais um passo
na direção do pé
na direção da fé
que tenho
nem sei mais em quê
daqui
eu sinto o vento:
ar que passa correndo
sem nem notar o tempo
que deixa passar
6.3.09
"vida doce"
piso fora do quadro. saio do quadrado. ando pelas linhas. deixo-as cair. sobrevoo. pulo. contra a vontade do chão. com o impulso da mão. com a força que nem tenho. com a certeza de que não sei quando parar. de que não sei onde quero chegar.
termino pra começar.
termino pra começar.
1.3.09
27.2.09
acorda pra pensar no dia. na vida. no que vai fazer. deixa tudo pra lá. vai buscar uma identidade perdida. perde o passe. perde a saída. esquece o que pode ser. o que quer dizer. registra o que sempre soube. descobre o que já conhecia. faz do caminho de todo dia um passeio de vida. se vê no meio de deusas que pensava mortas. vê suas belezas e forças com o cuidado de quem tem medo não ver mais nada na vida. vai pra casa voltar à rotina. vai pra casa deitar na cama e sorrir.
vai pra casa para sair de si.
vai pra casa para sair de si.
20.2.09
18.2.09
CASUAL
CASUAL, adj. 2 gên. Que depende do acaso; que acontece por acaso; fortuito; acidental; ocasional. (Do lat. casuale)
16.2.09
4.2.09
muitas vezes eu calo. fico comigo. não. vejo os emails. os recados. as "fotos comigo". sorrio. deixo uma mensagem na memória, sabendo que, memso que queira, não vou esquecer. depois de solquente e decisões, as cores. as cordas. os barulhos não-harmônicos.
queria mesmo um descanso das propagandas de carro.
queria mesmo um descanso das propagandas de carro.
3.2.09
português-inglês
passa dia. uma tarde. chuva. tosse. e a tela desce no computador. é muita dor de cabeça. é muita página descendo. tanta linha que falta. e eu, que num sei mais de nada. eu, que só penso na máscara de sexta-feira. e na do próximo sábado. esqueço as de todos os dias. sigo pessoas. sou seguido por quem menos esperava. sou esquecido.
lembro da minha vida dos outros. durmo.
lembro da minha vida dos outros. durmo.
13.1.09
quase não sobra nada
"sobram algumas palvras perdidas
desacompanhadas
sobra um pedaço perto do fim
sobra uma volumosa e amarga demência
sobra o tempo
passou"
fabio trummer e junio barreto
desacompanhadas
sobra um pedaço perto do fim
sobra uma volumosa e amarga demência
sobra o tempo
passou"
fabio trummer e junio barreto
6.1.09
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