Não sou primaveril. Se for pra ser uma estação, sempre me
achei outono. Discreto, na minha, pouco protagonista. Aquela estação que simplesmente
está ali entre as outras, mas que pelo menos no recife, ninguém nem percebe direito.
Eu sempre fui esse cara, que faz número. Que não é importante, que não é
grande. Se já me incomodei, acostumei.
Questão é que o dia 22 tem uma mania de mexer na minha vida.
A primavera, diferente de mim, vem pra mudar. Um encontro entre dançarina e
funcionário. Um bom dia transformado em boa noite. uma retomada. Sem muita
coisa falada. Sem muito mesmo a falar.
Mas que registro aqui, onde tantas outras viradas ficaram
antes registradas.
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