ela prende o fôlego e derrama o vinho
derruba o copo
derruba o corpo
tudo em volta se contorce
e ela cai
mancha a mesa, escorre pelo canto
pulsa em pingos
voando ao chão
o tinto corre
se liquefaz
o cheiro do álcool inebria
toda a sala
se embriaga
no ritmo de uma vaga
ela jazz
atura a fumaça e a luz do neon
anula a carne das veias
a garrafa cheia
de brilho e de vinho
se desfaz
sente o frio, sente a espinha
sente o atrito
em volta de si
sente um grito
e cai.
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