se eu já procurei a primavera em outros campos. hoje mal a vejo chegar. não vi flores, nem brisa ou calmaria. vi o memso que via ontem. e não espero mais que isso. não quero rotina. nem quero mudança de vida.
eu trabalho pra que tododia se repita.
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23.9.10
20.5.10
eu vejo
das quatro janelas que pus no quarto vejo reflexos diversos da vida. vejo brilhos distintos de tempo. e passeio por todos os passados. passo eu, em lugar da rua. pela saudade que carrega cada pedaço rasgado, cada abertura. e tento não pensar. só passar. só queimar no peito as luzes fortes. de mares e olhos.
e sem nunca fechar qualquer delas. deixo a vida toda ventar.
e sem nunca fechar qualquer delas. deixo a vida toda ventar.
16.9.09
diário
de todos os dias ele levava uma coisa. e tentava guardar. uma frase uma imagem um cheiro ou um nome. anotava tudo nom bloco, com data hora lugar e sentimento. e olhava todo fim de mês. a ver o que colecionara de vida. olhava todo fim de ano. lembrando o que passara. e sempre a algria. a tristeza. a harmonia. a criança. a manhã. a moça. a música. o sorriso. e o sol. sempre uma coisa nova.
hoje fechou os olhos e escreveu o fim.
hoje fechou os olhos e escreveu o fim.
29.6.09
ressenti
as gotas que pingam das folhas nas horas de sol. as curvas que custam firmeza e féao quebrar. os sopros de vento tão fortes de fazer virar. o calor a calma e o nada que fiz.
abre a porta, vai pra rua. e fica olhando. só pra ver movimento. pra ficar parado. pra não precisar. e quando faz isso, enquanto não sabe o que quer, se sente menos mais. e quando parece que um passo seria esforço. já foi mais longe do que imaginava. ali, naquela árvore grande. no parque que não foi da sua infância. na rua perdida do centro e do subúrbio. fora do eixo e do foco e do campo de visão. ele estava sentado. com duas idéias na cabeça que não se comunicavam, não se tocavam e nem se entendiam. foi assim que, com o fim do dia, se viu rodando solto o caminho de volta.
29.5.09
passou mais uma vez por aquela rua. queria sentir o adeus do cimento. das grades de ferro. dos portões elétricos. do vidro espelhado. e queria ter certeza de que não seria lembrado. nem pela sombra da árvore em que descansava. parado na esquina, seu pé já sentia estranho o pavimento. olhando em volta, os fios corriam retos. paralelos. outro plano de viver. viu mais pela última vez a casa em que se descobrira vivo. a janela, que antes ventava, fechou.
atravessou a rua sem saber se sentiria saudade.
atravessou a rua sem saber se sentiria saudade.
14.4.09
fui voltando. e voltando a ver as coisas. de um jeito, ao mesmo tempo, novo e usual. via como me acostumei a não ver, desde um certo dia de encontro com o sol. ia e via como são bonitas as belezas de todos os dias. as belezas das quais a gentese esconde. pra não ver. e fica achando que são elas que não se mostram. que se deixam perder.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
voltei a ver. por trás das folhas. bem por cima de qualquer árvore de esquina. nos pés que têm chão. nauqele ar que a gente respira. sem preceber soprar. as coisas que tinha esquecido de reparar.
e nesse epifania de auto-ajuda ocular andei em ver.
e vi brilhos e transparências. e cores tão cheias de azul e vermelho. que o ar me soprou os pulmões. e o corpo todo. que levitei. no meio las luzes. no meio da manhã. e não fiquei asism.
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