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22.3.10

ano novo ou nota sobre romance

hoje eu assiti romance. sábado passado, sem nem lembrar. sem nem pensar muito. fui à locadora do outro laod da rua e escolhi 4 filmes. romance um deles. me chamou atenção entre os filmes brasileiros na gondola. a capa bonita. amarela e com os meio-sorrisos de leticia sabatella e wagner moura. do outro lado, a direção de guel arraes. foi o último a ser escolhido. o fim é que o foi. e hoje foi visto.

e no meio de tanta imagem e tanta coisa uma frase me fez lembrar de outra frase. na verdade dela mesma dita em outras palavras. por outra mulher. em outras circunstãncias. um ano atrás. quase exato. hoje e há um ano, duas mulheres me diziam que "sempre é uma invenção a pessoa por quem a gente se apaixona". e eu compreendi então como hoje as verdades dessa frase. e discuto com ela agora, como discuti antes. mas discuto comigo. guardando segredo até desse post sobre minhas idéias.

escrevo apenas para marcar a ironia de completar um ano em lugares tão identicamente diferentes. e que me fazem pensar que março, não pelo fim do carnaval, mas pelas frases de um filme, me marcam o começo da vida nova. e que esse blog possa acompanhar minha mudança sempre presente.

5.4.09

lâmina

corto. o fio invisível. da minha cabeça àquele corpo. rasgo. o resto do papel que fiz. e até as pedras. vejo queimar. e achando que sou vapor. vento. voo. risco o ar. tão depressa. tão sem força. qu quase explodo. no meio do todo azul. e todos os meus sentidos são um. e me deixo fluir.

corto os fios e a carne. penetro o ar.

3.4.09

o calor é a água que sai de mim. que me tira a calma de existir sem pressa. que me imprensa. me aperta. entre as decisões já tomadas. e no meio do sufoco eu me vejo de novo. e penso. de que servem as certezas de uma dia quente. desse verão vazio. que não acaba.

2.4.09

sopro

minha matéria se faz pó
voa
cinza no céu
e cai
despenca balde de areia
avião de papel
chão

destino de todo corpo
que vive
ou slata
que parte
fica?

não me pergunto
sei como seguir
arrasto o braço
arranco o que resta dali
seguro com força
cuidado

levanto
abro a mão e sopro

1.4.09

das coisas que sei

eu sei de tudo. e não ligo pra isso. me conforta saber que não adianta fazer nada. me acalma descobrir que não posso. não vou esquecer. nem vou lembrar. não vou fazer as pazes com chico. nem vou brigar com mais ninguém. eu sei de tudo. e brinco com minha própria sorte.

31.3.09

eu conto os tempos em vão. todos os dias me vêm com uma dor de cabeça. e aquela certeza queu não aceito. um mantra. uma falta de jeito. uma força. o coração bate. um compasso frouxo de não caber. desmorono.

eu perco o estilo.

30.3.09

terceiro

eu não tenho mais vergonha. não tenho certeza de nada. mas continuo. automático. passo por passo. caminho. sei que seguir é meu início. mas ainda olho pra trás. dias. palavras. pedras. e sinto o peso que perdi e carrego. é pesado o corpo que arrasto. pesada a lembrança que levo.

piso na terra sem sentir meus ombros.

29.3.09

outro

Karina Buhr cantava a minha falta de vontade. durmi. passei o tmepo de uma noite, como se tivesse bocejado. fui acordado por aquele pássaro sem nome. pelo balanço das asas no ar. ele não pousou. nem cantou. não me disse nada. não tivesse sido acordado por aquelas asas e ele passaria desapercebido; como provavelmente passou por tantas outras janelas nessa manhã de domingo.

perdi a vontade de me perder.

28.3.09

ando de um lado pro outro sem fazer barulho. passo o olho pelos lados. e sei que vou passar. cinco minutos atrás e era dia. todo o tempo do meu silêncio. e todo o resto. ficam.

e eu não sei o que fazer com essa noite.

27.3.09

segundo

é o mesmo dia. acordo com a mesma preguiça. chuveiro, fruta, sol. tudo se repete como num ensaio bem executado. eu sigo. vivo. refaço. as mesmas coisas. um mesmo texto. outro caetano. rotina.

eu poderia querer pular o dia de hoje. mas não resisto à perfuração

26.3.09

esses são versos de prefácio
são primeiros passos
para um descaminho

em que não cabe mais o sol ou o vento
em que se esquece o som, a razão e o sentimento

são do muito que se descobre perdido
do tanto de verdade que se esconde cá dentro
são de mim
(e talvez/mas não) por isso pequenos

25.3.09

ainda pequeno, bem novo, aprendi a entender. bem antes de tudo. e esqueci. crescendo descobri que sentia. muito. e me perdi. hoje é a verdade que me balança. é o queu aceito. é o que me alcança.

24.3.09

de linha

eu quero ver o que me joga fora. o que me desconsola. pra jogar pro ar. pra brincar. eu quero tocar esse sol. pra controlar nele as erupções que provoco. pra ouvir o som do queimar queimando. por um momento de olhar. e ver viver. entornar. e viver ver.

irradiar vento.

23.3.09

sinto que o sol entrou em mim. e fez morada. não pra aquecer e brilhar. fez queimada. vermelho tudo que não era. cinza o que já estava. vapor. nas bordas eu sinto me deixar o que já foi azul. e hoje seca. um desenho cortante que quero ver terminar.

ardor.

22.3.09

505

é o calor. que me faz querer ficar naquela coisa. de não seguir. me ocupo com o suor. com as gotas que não quero verter. com o que quero correr. com os tempos que não controlo. e aí descontrolo. e mesmo quando bate o frio. ainda que rápido. só um sopro. deixo passar.

congelo em vez de inspirar.

21.3.09

de volta

trasnformo em nuvem o que não quero ver. giro. contorço. refaço. procuro no azul a minha cor. faço-a pingar. pra ver escorrer. pra me transcorrer. me sujar as mãos e limpar o corpo. pra me cobrir daquela sombra. e depois descascar. desinsolar.