passou mais uma vez por aquela rua. queria sentir o adeus do cimento. das grades de ferro. dos portões elétricos. do vidro espelhado. e queria ter certeza de que não seria lembrado. nem pela sombra da árvore em que descansava. parado na esquina, seu pé já sentia estranho o pavimento. olhando em volta, os fios corriam retos. paralelos. outro plano de viver. viu mais pela última vez a casa em que se descobrira vivo. a janela, que antes ventava, fechou.
atravessou a rua sem saber se sentiria saudade.
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