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3.1.19

subiu o ônibus e preferiu ficar em pé. mesmo com cadeiras vazias, havia o risco de desabar caso sentasse. nos ouvidos o som da pitanga que falava ao corpo todo como uma infiltrado ruído que ressoava nas células pelas membranas fazendo vibrar qualquer parte que existisse e que fosse sensível. vivia ainda a manhã estranha daquela quinta-feira nada fria, mas que ainda assim, não o aqueceu. naquela manhã de quinta, naquele dia, que ao final do ano, nem falta faria, ele estava só. um coqueiro velho na praia. alheio, mas ao mesmo tempo, submisso ao vento.

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